Sky quer manter 30% de market share nos próximos cinco anos

A Sky foi a operadora de TV paga que, em 2011, mais cresceu em números absolutos de cliente, a ponto de fechar o ano com 30% de market share.


O segredo da Sky, segundo dados apresentados aos investidores da DirecTV Latin America (controladora da operadora) no final de março, está em uma diversificação da oferta. De uma base de 3,8 milhões de usuários em dezembro (esse número superou 4 milhões em fevereiro, segundo a Anatel), 22,1% (836 mil clientes) eram de alta gama, assinantes dos pacotes HD, contra 19,4% da base, ou 735 mil clientes, que assinam a opção de entrada (Sky Fit).

Segundo dados da Sky, o assinante high-end gera uma receita média mensal de R$ 240, contra uma receita média de R$ 50 do assinante dos pacotes de entrada. A margem, em ambos os casos, é de 50%, mas o churn é significativamente mais baixo nos pacotes HD (0,7%) em relação ao pacote mais barato (1,9%). Outra diferença é o custo de aquisição de um assinante de alta gama (R$ 2,4 mil) contra o custo de aquisição de um assinante low-end (R$ 450). O payback de um assinante high-end, segundo a Sky, é da ordem de 20 meses. Em um assinante intermediário, cujo ARPU é de R$ 139, o payback vem em 11 meses, e em um assinante de baixa gama o payback da Sky está em 18 meses. Na média, o custo de aquisição de um assinante da Sky está em R$ 947 e o payback está em 15 meses.

Segundo a apresentação feita aos investidores da DirecTV Latin America, a Sky deve ter, até o terceiro trimestre, uma alternativa de serviço over-the-top para não assinantes, quando os serviços da operadora devem ser levados para PCs, smartphones e tablets.

O que chama a atenção na estratégia da DirecTV Latin America para o Brasil é a agressividade com que a operadora pretende manter o ritmo. A Sky quer manter o market share atual em torno de 30% daqui a cinco anos, chegando a 8 milhões de assinantes, ou metade da base da DirecTV Latin America no período.

Créditos ao Pay-TV-News