Ancine rejeita excluir reality shows de lei das cotas na TV paga
Diretor-presidente da Ancine (Agência Nacional de Cinema), Manoel Rangel considera “deslocada” a proposta de exclusão dos reality shows da lei que cria cotas de programas nacionais na TV paga. Indiretamente, Rangel afirmou haver preconceito por trás da ideia.
A lei 12.485, que entra em vigor no próximo dia 12, cria cotas de conteúdo brasileiro nos canais de variedades (filmes, séries, infantis). No primeiro ano de vigência da lei, esses canais terão de veicular uma hora e dez minutos por semana, no horário nobre, de conteúdo brasileiro, metade dele independente.
A lei 12.485, que entra em vigor no próximo dia 12, cria cotas de conteúdo brasileiro nos canais de variedades (filmes, séries, infantis). No primeiro ano de vigência da lei, esses canais terão de veicular uma hora e dez minutos por semana, no horário nobre, de conteúdo brasileiro, metade dele independente.
Para cumprir essa cota, a lei considera alguns conteúdos e descarta outros. São aceitos minisséries, séries, documentários, filmes e reality shows. Não são aceitos programas jornalísticos e eventos esportivos.
Um movimento recente de produtores independentes tenta convencer a Ancine a excluir os reality shows. Ou seja, programas sem roteiro prévios não poderiam ser produzidos para cumprir as cotas.
“A nosso ver, a polêmica em torno dos reality shows está deslocada, porque parte de um raciocínio que ignora a natureza segmentada da TV por assinatura e a variedade de programação”, disse Rangel na manhã desta quinta, no RioContentMarket, evento dirigido ao mercado de produção independente.
Rangel arrancou aplausos da plateia ao afirmar que a agência que preside não tem preconceito contra formatos. "Se esses formatos existem, é porque existem pessoas interessadas em vê-los", afirmou.
Se a Ancine aceitasse a sugestão dos produtores, e vetasse reality shows nas cotas de programas nacionais, canais como o TruTV poderiam se tornar inviáveis.
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